Programa Sinapse impulsiona empreendedorismo no interior do Amazonas

Assessoria de Comunicação
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Foto: Centro de Bionegócios da Amazônia — Reprodução
Com a aprovação de 40 projetos, o programa fortalece a bioeconomia e impulsiona o desenvolvimento regional

Texto: Milena Monteiro

Idealizado pela Fundação Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o programa Sinapse vem se consolidando como um importante vetor de desenvolvimento regional e diversificação econômica. Por meio de editais voltados ao fomento do empreendedorismo inovador, a iniciativa fortalece o ecossistema de inovação na Amazônia.

Mais do que incentivar ideias, o programa legitima o potencial empreendedor do interior amazonense e projeta um futuro de matriz econômica diversificada. Como destaca Gustavo Canova, coordenador do Sinapse Bio:

“A região amazônica tem uma posição estratégica para a bioeconomia brasileira, pois está distante dos grandes centros do país e apresenta uma economia fortemente conectada à Colômbia e ao Peru. Isso gera desafios e oportunidades singulares, que podem ser melhor compreendidos e aproveitados por empreendedores locais.”

Segundo dados do Sinapse, cerca de 200 projetos foram aprovados nas duas edições, dos quais 40 são oriundos do Amazonas. Os números revelam a capacidade empreendedora do interior do estado em transformar recursos regionais em negócios de impacto, gerando emprego, renda e soluções para demandas locais.

Municípios como Benjamin Constant, com 11 projetos aprovados; Itacoatiara, com três; e Careiro, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, com um projeto cada, se destacam por propostas inovadoras ligadas à bioeconomia. Um exemplo emblemático é a INPACTAS – Incubadora de Negócios de Impacto Socioambiental com sede em Benjamin Constant, no Alto Solimões.

Dedicada a fomentar o desenvolvimento sustentável da Amazônia por meio do impulsionamento de negócios e empreendimentos coletivos com o intuito de fortalecer estruturas para inovação e formação de capital intelectual.

“Na realidade do Alto Solimões, encontramos diariamente jovens, lideranças comunitárias, produtores, pesquisadores e grupos indígenas com alto grau de inventividade e soluções profundamente enraizadas no território. Porém, faltam capital semente e apoio técnico-jurídico para estruturar esses negócios”, afirma Pedro Mariosa, coordenador do projeto.

Programas de fomento como o Sinapse e iniciativas como a INPACTAS demonstram que o conhecimento tradicional, quando amparado por suporte técnico adequado, tem alto potencial de retorno — nas mãos de quem vive e conhece a floresta.