Iniciativa começa por Itapiranga e Silves e busca revelar caminhos de desenvolvimento sustentável com base na escuta dos territórios
Existe um mapa que ainda não foi desenhado, e ele começou a ganhar forma nas margens do rio e no coração das comunidades de Itapiranga e Silves. Nesta segunda-feira (16), o Atlas ODS Amazônia deu o pontapé inicial na construção do Mapa de Potencialidades Territoriais, um instrumento inédito que nasce para identificar forças locais, conectar saberes e apoiar estratégias de desenvolvimento sustentável nos municípios do Amazonas. A jornada começou com visitas institucionais aos dois municípios, marcadas por encontros com lideranças, gestores públicos e organizações locais.
A agenda no interior começou com reuniões com gestores públicos, lideranças comunitárias e representantes de instituições locais, com o objetivo de apresentar a metodologia do projeto e abrir espaço para futuras colaborações. A escuta ativa dos territórios é o primeiro passo de uma jornada que busca transformar dados em ação, respeitando os contextos e os saberes de cada lugar.
O Mapa de Potencialidades Territoriais é uma iniciativa inédita do Atlas que nasce para revelar caminhos de desenvolvimento sustentável com base nas realidades vividas pelos próprios municípios. A proposta vai além de diagnósticos convencionais: busca construir um instrumento estratégico que valorize as forças locais, como o extrativismo, a agricultura familiar, o turismo de base comunitária e as experiências de organização social.
Ainda em 2025, o projeto abrirá uma chamada pública para integrar dois pesquisadores (mestres ou doutores) à equipe técnica. Esses profissionais irão colaborar na sistematização das informações coletadas e na produção dos mapas, que serão disponibilizados para apoiar a gestão pública, a atuação de coletivos locais e a formulação de políticas públicas territorializadas.O Mapa de Potencialidades Territoriais reforça a missão do Atlas ODS Amazônia de produzir conhecimento comprometido com os territórios e com os desafios da Agenda 2030 na região. Ao valorizar o diálogo com os municípios, o projeto aposta na construção coletiva de soluções baseadas em dados, mas enraizadas nas realidades amazônicas.
