Evento no Amazontech 2025 reuniu pesquisadores e gestores para discutir os desafios da ciência e da inovação em Roraima, além de apresentar novas oportunidades de internacionalização e desenvolvimento sustentável.
O cenário da ciência, tecnologia e inovação em Roraima ganha novo impulso com as ações promovidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Roraima (Faperr) durante o Amazontech 2025. A programação especial destacou os avanços e desafios da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na Amazônia Legal e apresentou novas ferramentas e parcerias voltadas ao fortalecimento da pesquisa e à cooperação internacional.
O espaço da Faperr reuniu pesquisadores, gestores e acadêmicos em painéis e palestras que abordaram temas estratégicos para o desenvolvimento científico regional. A abertura contou com a participação de Rafael Andery, diretor-executivo da Iniciativa Amazônia+10, que discutiu o tema “Desenvolvimento Sustentável através da Ciência e Tecnologia produzidas na Amazônia Legal”.
Durante a apresentação, Andery destacou o desempenho de Roraima na chamada “Expedições Científicas”, com quatro projetos selecionados — o equivalente a cerca de 20% do total nacional. Segundo ele, o resultado reforça o potencial dos pesquisadores e instituições do estado.
“A comunidade científica aqui é vibrante e ativa. Roraima é singular em sua diversidade ambiental e social, o que traz desafios e oportunidades únicas para a pesquisa”, afirmou.
O diretor também anunciou o lançamento do Programa Desafios da Amazônia, previsto para este ano, que apoiará projetos aplicados às cadeias da sociobioeconomia, incluindo açaí, castanha, cacau, babaçu e pesca sustentável.
Outro destaque da programação foi a palestra de Dhallys Mota Nunes, oficial de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação da União Europeia no Brasil, que abordou o tema “Internacionalização e Oportunidades de Cooperação com a União Europeia”. Pela segunda vez em Roraima, Dhallys destacou a importância da atuação da Faperr nas parcerias internacionais e apresentou programas como o Horizonte Europa e as Ações Marie Skłodowska-Curie, que oferecem bolsas de doutorado, pós-doutorado e intercâmbio entre universidades e centros de pesquisa.
“A Faperr é nova, mas extremamente ativa, tanto no núcleo técnico quanto no administrativo. É um exemplo de fundação que avança rapidamente na cooperação internacional”, ressaltou.
A programação também incluiu a apresentação da ferramenta digital “C,T&I para a Amazônia”, desenvolvida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). As pesquisadoras Raiza Gomes Fraga e Lilia Fernandes mostraram como o sistema reúne informações sobre cadeias produtivas, capacidades científicas e políticas públicas da Amazônia Legal. O objetivo é transformar a plataforma em um hub de conhecimento, capaz de apoiar governos, pesquisadores e investidores na formulação de políticas e projetos de inovação sustentável.
O projeto faz parte da iniciativa “Subsídios de CT&I para a Amazônia Legal”, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com apoio do Confap e do Consecti. Mais de 400 representantes locais contribuíram para o levantamento, que identificou 78 cadeias produtivas prioritárias e oferece um panorama inédito do potencial científico e econômico da região.
Com a agenda no Amazontech 2025, a Faperr reforça seu papel como articuladora de ações estratégicas para o fortalecimento da ciência na Amazônia, promovendo a integração entre pesquisa, inovação e sustentabilidade.
